segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
O relógio marcava exatamente 19:34h. Horário de verão, céu ainda claro. Eu vim caminhando distraída pela rua e passei a perceber. O céu me parecia especialmente belo. O azul que o coloria era .. sereno, puro. Com um pouco menos de pressa e olhos mais apreciadores, permaneci no mesmo caminho. As poucas nuvens que ali estavam davam àquele lugar um ar tão único. Aparentemente tão sólidas e ao mesmo tão leves. Percebia-se que eram muitas, mas dispostas de uma forma que pudessem parecer apenas uma. Conforme eu andava elas me pareciam mais próximas, mais íntimas, mais minhas. Donas de cores absurdas. Em vários tons de céu e pôr-do-sol.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Eu havia me dado o direito de estar triste. Aquele não havia sido um bom dia, pois eu havia recebido uma visita, não desejada. A da tristeza. Como de costume havia deixado que ela entrasse e diferente dos outros dias, dessa vez, foi ela que me serviu um bom vinho. Dialogamos por um tempo mas tive que mandar que se retirasse, antes que permanecesse tempo suficiente pra se sentir tão à vontade, a ponto de querer ficar, de vez. Embora eu ainda pudesse ouvir trechos de nossa conversa ecoando em minha cabeça, decidi que tinha sido só por aquele dia. E no momento seguinte, ele foi capaz me fazer mudar o foco dos meus pensamentos. É ele, aquele mesmo.
- Às vezes eu quero dizer as coisas, mas às vezes não parece o momento. E os que eu tentei criar, você não deixou. Foi exatamente assim que ele falou. O meu corpo gelou, aquilo me doeu. Pode não parecer nada tão absurdo, mas ele falou de mim. Não sabia como me virar. Uma mistura de sensações imediatas dentro do meu peito, atingiu tamanha profundidade, que nem eu achava que fosse possível. Eu demonstrei engolir aquilo, afinal ele estava certo. Mas na verdade, ainda estou a digerir algumas palavras, repensando muita e tanta coisa.
- Às vezes eu quero dizer as coisas, mas às vezes não parece o momento. E os que eu tentei criar, você não deixou. Foi exatamente assim que ele falou. O meu corpo gelou, aquilo me doeu. Pode não parecer nada tão absurdo, mas ele falou de mim. Não sabia como me virar. Uma mistura de sensações imediatas dentro do meu peito, atingiu tamanha profundidade, que nem eu achava que fosse possível. Eu demonstrei engolir aquilo, afinal ele estava certo. Mas na verdade, ainda estou a digerir algumas palavras, repensando muita e tanta coisa.
Assinar:
Postagens (Atom)